quarta-feira, 1 de julho de 2009

Conheça os prós e contras do consumo de soja no Brasil

Por: César Paranhos

Pesquisas realizadas no Japão, Estados Unidos e Europa comprovam que o consumo diário de soja e alimentos a base da mesma reduz em 50% os riscos de adquirir câncer de mama e próstata.

Segundo a nutricionista, Flávia Azevedo, o segredo da soja está em suas proteínas e no baixo valor calórico do grão. “A soja é rica em fibras, que ajudam dentre outras coisas a manter o bom funcionamento do intestino. Na mulher ajuda a prevenir o câncer de mama, já no homem combate o colesterol e previne o câncer de próstata”.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, responsável por 24% da produção total do produto, perdendo apenas para os Estados Unidos responsáveis por 41,5% da produção mundial, segundo dados do IBGE.

Os estados do Mato Grosso e Paraná somam juntos, a maior produção de soja do país totalizando 46,18% do cultivo brasileiro. Porém, apenas cerca de 10% do cultivo total do grão realizado em solo canarinho fica no Brasil, os 90% restantes é exportado principalmente para a China, maior consumidora da soja brasileira para a fabricação do óleo de soja, produto popular entre os chineses.

Para Azevedo, o baixo consumo de soja no país tem uma razão simples: “o povo brasileiro em geral, não possui o hábito de consumir a soja e seus produtos derivados como, por exemplo, o leite, sucos e a carne a base de soja dentre outros. O óleo de soja ainda é consumido, em muitos casos indicado por médicos como forma de diminuir o colesterol, mas o consumo de soja no Brasil é mínimo”.

O problema para o aumento do consumo de alimentos a base de soja pelos brasileiros está relacionado ao alto custo desses produtos. O leite de soja, custa em média nove reais aproximadamente 30% mais caro que qualquer outro leite em pó comum encontrado no mercado, essa diferença de preço entre os produtos, ocorre devido aos processos de fabricação e refrigeração que os alimentos a base de soja necessitam para manterem a sua qualidade. O custo desses procedimentos encarece aos produtos e essas despesas são repassadas ao consumidor final nos preços nas prateleiras dos supermercados e acaba pesando no bolso dos brasileiros, causando a diminuição da procura pelos produtos em questão.

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