terça-feira, 7 de julho de 2009

Entrevista Parte 2


Na segunda parte das entrevistas para o programa Inclusivo. O apresentador do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Otávio Mesquita, concede uma entrevista exclusiva ao Repórter Sobre Rodas, César Paranhos. Leia abaixo:


Repórter Sobre Rodas: Eu, gostaria de saber Otávio Mesquita. Na sua experiência de 22 anos de TV no ar, quais as chances de um portador de alguma necessidade aparente, de um cadeirante, de algum problema aparente, trabalhar diretamente na televisão?

Otávio Mesquita: Eu a princípio não vejo nenhum problema. O que eu fico muito triste é que lamentavelmente todas as estruturas físicas ou grande parte delas, como são coisas bem antigas, as vezes não estão preparadas e aparelhadas para receber um cadeirante, um deficiente físico, porque não tem rampa, tem problema de locomoção, enfim, tem uma série de situações muito chatas, mas felizmente me parece que hoje em dia todas as novas edificações elas estão se preocupando muito com esse fator. Então, eu espero que esse problema deixe de existir em muito pouco tempo, é o que eu torço.

RSR: Como é que você vê a mídia lidando com o assunto do portador de necessidade especial?


OM: Eu acho que deveria ter um acesso maior aos problemas que os deficientes passam. Eu particularmente já fiz reportagem sobre isso e fiquei um dia inteiro, em uma das matérias que fiz, eu fui cadeirante, e tive uma vida normal, desde o momento em que acordei até o momento em que fui dormir, então, fiquei o dia inteiro sentado e confesso a você que eu fiquei assim muito chateado, porque eu não conseguia andar em uma calçada, a calçada é quebrada, calçada não tinha aqueles degraus para você descer, o restaurante que eu fui, não tinha estrutura de rampa, então era muito complicado, tomar táxi era uma complicação, ônibus nem pensar, enfim é uma tristeza.

RSR: Na equipe, do A Noite é Uma Criança, possui algum portador de necessidade, você gostaria de trabalhar com alguém nesse sentido, como você lida com o assunto, você Otávio Mesquita com relação ao seu programa?


OM: Eu não tenho nenhum problema com relação a isso, nunca tive, não tenho, agora nunca foram pedir emprego para mim, algum deficiente, enfim, algum cadeirante, nunca fizeram esse pedido para mim. Eventualmente na minha produtora, é uma equipe muito pequena, nós somos em seis pessoas só, então, eu não tenho a necessidade hoje de ter um..., abrir emprego assim, mas se tivesse, se eu fizesse um anúncio no jornal e aparecesse um cadeirante e ele fosse competente, para mim não importa, se ele tem problemas ou não, o importante é que ele seja uma pessoa competente naquilo que ele se propõe a fazer.

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