segunda-feira, 6 de julho de 2009

Entrevista


Confira as entrevistas exclusivas, concedidas pelos jornalistas, Mariana Godoy e Boris Casoy ao Repórter Sobre Rodas, César Paranhos para o programa Inclusivo.

Repórter Sobre Rodas: Qual é a sua opinião sobre pessoas com deficiência trabalharem no jornalismo?

Mariana Godoy: Eu acho que não daria por exemplo para um portador de necessidade especial, exercer algumas funções como jornalista, por exemplo, a reportagem de rua, nos casos factuais, aqueles que exigem a correria e uma mobilidade maior, mas para os casos de pesquisa, pros casos de trabalhos internos da redação, principalmente como editor, eu acho que o jornalismo em nenhum aspecto, nenhum momento impede a prática do exercício da profissão, por qualquer pessoa portadora de necessidade especial, principalmente na questão de mobilidade, pois tem muito trabalho feito na redação. Claro que um deficiente visual, vai ter muitos mais obstáculos para trabalhar em uma empresa, como a televisão, mas pode trabalhar em uma rádio, então, eu acho que o jornalismo é uma carreira fascinante, é uma carreira muito gostosa de seguir e não oferece obstáculos maiores do que os portadores de necessidades especiais já enfrentam aqui no Brasil.

RSR: Dentro da sua equipe possui algum portador, no Bom Dia São Paulo?

M.G: A minha equipe no Bom Dia São Paulo tem três pessoas, é uma equipe minúscula, a gente tem um diretor de TV, é com paralisia infantil, o Boris Casoy é uma vítima da paralisia infantil, a gente tem portadores de necessidades especiais trabalhando na Globo, acho que até existe uma cota para ser cumprida por leis trabalhistas, por determinação do próprio RH da Tv Globo, a gente tem essa recomendação, mas sabe que é até difícil encontrar esses profissionais disponíveis no mercado, e que sejam claro capacitados, mas na minha equipe tem só três pessoas, então é uma mini equipe.


Repórter Sobre Rodas: Boris Casoy. Na sua opinião entre os veículos que você trabalha, rádio e televisão no caso, qual deles está mais bem preparado para receber um profissional de jornalismo com algum tipo de deficiência.

Boris Casoy: Eu não vejo os órgãos de imprensa com essa preocupação. Essa preocupação não chegou aos órgãos de imprensa. Há deficientes que se adaptam a redação, eu não tenho visto a redação estar preparada, inclusive sob o aspecto físico. Sobre o aspecto de trabalho eu não vejo grandes obstáculos a alguns tipos de deficiências, mas, por exemplo em várias organizações que eu trabalhei, não havia essa preocupação e alguns lugares começam a ver essa preocupação, com acessibilidade, mas não há uma preocupação e eu não vejo muitos deficientes, por exemplo, na redação da BAND, eu não vejo nenhum deficiente, ninguém com problemas de mobilidade trabalhando aqui. Ah tem, tem deficiente trabalhando aqui, eu já me lembrei, têm deficientes trabalhando aqui e deficientes de vários tipos de deficiências.

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