quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Profissional de Jornalismo




Para ROSSI:
“É a fascinante batalha pela conquista de mentes e corações de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes. Uma batalha geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra, acrescida, no caso da televisão, de imagens. Mas uma batalha nem por isso menos importante do ponto de vista político e social, o que justifica e explica imensas verbas canalizadas por governos, partidos, empresários e entidades diversas para o que se convencionou chamar de veículos de comunicação de massa, diz Rossi”.[1]

O profissional dessa área atuará com a informação e notícia, mas também pesquisará, coletará dados, editará e escreverá, podendo atuar em vários veículos de imprensa como: rádio, televisão, revista, jornal, sites, blogs, assessorias de imprensa dentre outros.
De acordo com Ribeiro:

“A construção da identidade do profissional resulta do entrecruzamento de referências históricas, da identidade da empresa, da subjetividade e da classe social preponderante no grupo de jornalistas. E segue pelo menos duas dinâmicas: a afirmação de valores próprios e a resistência à imposição de valores externos.”[2]


Kotscho comenta sobre o a profissão de jornalista:
“Antes de mais nada, acho que deveria dizer o que entendo por paixão no exercício da profissão, para não pensarem que está aqui um velho poeta bobalhão, que escreve unicamente por prazer, por gostar de escrever. Às vezes, confesso, nem gosto muito de escrever(...) mas sei de alguma coisa, preciso contar. E se não sei é minha obrigação cavoucar até descobrir o que estão querendo esconder. Descobrir, contar bem contado e lutar até o fim do processo de feitura final do jornal para que a informação chegue ao leitor. Esta é a paixão do repórter! É levar as últimas conseqüências um compromisso tácito com seu tempo e sua gente. É ter humildade de ser um bom operário da informação, aquele que fornece à sociedade a matéria-prima para construir seu futuro: o conhecimento dos fatos passados da forma mais verdadeira possível”... [3]


O ritmo do cotidiano do jornalista não é dos mais tranqüilos, por conta da diversidade de assuntos que ele tem de cobrir. O profissional sempre tem de chegar ao local da cobertura, independente de circunstâncias.

A construção da reportagem se inicia pela observação e descrição de eventos ocorridos, porém sua essência destaca-se na seleção e organização das informações contidas no produto final. Consiste na captação e tratamento escrito, oral da informação em qualquer de suas formas e variedades.

O jornalista se destaca na forma como consegue firmar-se profissionalmente, no seu relacionamento com os demais e nunca interrompendo seu aprendizado, mas sempre buscando almejar uma graduação maior.

Novos desafios são lançados a cada dia para esse profissional, como a capacidade de aprender a reaprender, ter a mente aberta para entender as mudanças e flexibilidade suficiente para se adaptar a elas.

Ter como principio norteador o pensamento estratégico, que deve ser a síntese, ousadia e coragem de assumir riscos, ser revolucionário. Gaudêncio Torquato escreveu numa das edições da revista da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial: “Ainda não temos no mercado profissionais de qualidade que entendam a comunicação organizacional no sentido sistêmico [...] Falta o profissional que trabalhe de maneira sistêmica todas as áreas de comunicação e, com isso, saiba fazer uma adequada leitura da sociedade”.[4]

[1] ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo. Brasiliense. 10ª ed. 1994.
[2] RIBEIRO, José C. Sempre Alerta – condições e contradições do trabalho jornalístico. 2. ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1994.
[3]KOTSCHO, Ricardo apud, Demetrio Darci, Introdução à prática do jornalismo, 1989 Ed. Vozes Ltda, Petrópolis - Rio de Janeiro, op. cit. P.13
[4] TORQUATO, Gaudêncio apud Kunsch, Margarida M. Krohling, Artigo Novos Desafios para o Profissional de Comunicação. Disponível em: Acesso em 13.out.2008

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